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domingo, 1 de julho de 2018

"Seria melhor se essas cenas fossem vistas pela primeira vez nos cinemas", diz Colin Trevorrow




As semanas que se seguem após a estreia de um novo filme da franquia Jurassic Park são sempre muito interessantes, pois os fãs, elenco e equipe comentam e discutem questões sobre as novidades que a obra apresenta. Com Jurassic World: Reino Ameaçado não é diferente. Em mais um artigo sobre questões apresentadas no novo filme, Colin Trevorrow e J.A. Bayona respondem a alguns questionamentos sobre a trama e revelam insatisfação com o modo que o estúdio apresentou os trailers do filme, revelando demais sobre a trama.

Uma das controvérsias a respeito do filme foi a adição de clonagem humana na trama - no meio da trama é revelado que Benjamin Lockwood (James Cromwell) clonou a sua falecida filha e a criou como a sua neta Maisie."Nós queríamos falar um pouco sobre impactos maiores do poder genético e o potencial emocional e humano disso," comentou Trevorrow sobre o foco do filme. "E nós sabíamos que não queríamos continuar fazendo filmes sobre os perigos de mexer com com a ciência. Nós queríamos contar uma história sobre onde nós estamos agora, nós  mexemos com a ciência. nós já mudamos o nosso mundo e agora estamos lidando com as consequências."

Falando em Lockwood, o personagem não tinha sido apresentada na história até Reino Ameaçado - curioso, pois ele foi um importante parceiro de John Hammond, o criador do parque em 1993, no Jurassic Park. Sobre isso, Colin afirma que a ideia de trazer o Lockwood veio "do livro. Aquele personagem não está no livro, mas eu reli e eles falam bastante sobre o passado, o início, quando eles trouxeram de volta da extinção um elefante bebê. E nós pensamos sobre isso, 'bem, naquela época, é claro que haveria um parceiro silencioso. É claro, muitas pessoas estariam envolvidas.' Lockwood seria uma delas. [...] Isso pareceu lógico para nós. Muitas coisas começaram em porões e garagens, mesmo para os caras ricos."

O próximo filme será dirigido Trevorrow  e escrito por ele e pela cineasta Emily Carmichel. O final de Reino Ameaçado abre um leque de possibilidades sobre o que podemos esperar ver em Jurassic World 3. "Há uma quantidade tremenda de oportunidades," disse Trevorrow. "O meu objetivo com essa trilogia é que, quando você chegar ao final, você vai perceber que a primeira fala da Claire, 'ninguém mais se impressiona com um dinossauro', está errada. Esse é o meu objetivo."

Ele acrescenta que acha "muito importante que não tenhamos dinossauros em todos os lugares, a todo tempo - isso poderia arruinar o filme. Eu acho que qualquer tipo de aceitação global de que há dinossauros por aí não soa verdadeira para mim, porque você não vê um tigre andando no meio da rua. Nós sabemos existem tigres. Nós sabemos que eles estão por aí. Mas para mim, é muito importante que a gente mantenha os pés no chão e no contexto das nossas relações com os animais selvagens que temos hoje."


Os ganchos para a sequência, apresentados no final do filme, já haviam aparecido nos trailers do filme - o mosassauro no oceano e a T. rex rugindo para um leão, por exemplo. "Foi muito frustrante para mim", contou o roteirista. "É uma relação que temos com o marketing, há muitas necessidades diferentes. Eu tento ser lúcido e racional em relação a isso. Na verdade, uma porcentagem muito pequena das pessoas assistem a todos os trailers disponíveis. O resto do mundo assiste a apenas um".

Trevorrow acredita que o marketing escolheu essas imagens porque a franquia Jurassic Park precisa "constantemente provar a validade da sua existência com cada filme que fazemos." Ele acha que a equipe de marketing pensa que precisa "trazer as pessoas de volta" mais do que as outras franquias.

"Na verdade, isso é ótimo. A gente não fica na zona de conforto pensando que as pessoas vão simplesmente aparecer. A parte ruim é que o marketing sente que precisa vender o filme constantemente. Seria muito melhor se essas cenas fossem vistas pela primeira vez nos cinemas, mas, se você não viu os trailers, vá assistir ao filme," finalizou.

Apesar da franquia estar seguindo novos rumos, uma coisa nunca vai mudar: o clássico tema de Jurassic Park, criado pelo compositor John Williams. Apesar de aparecer na sua forma tradicional e na íntegra apenas nos créditos finais, o tema aparece de outras formas durante o filme, em cenas-chave. "Nós conversamos muito sobre qual seria o momento ideal de usar a música de John Williams," disse o diretor J.A. Bayona. "Tinha que ser sincero.  Precisava ser honesto e se integrar à história de Reino Ameaçado. Você pode facilmente cair nessa coisa de nostalgia, mas isso parece algo vago. Você precisa de conteúdo quando você toca uma música tão popular e tão emotiva para o público".

O tema toca em dois momentos muito significantes para o filme. "Há um diálogo em que Claire fala sobre a primeira vez que ela viu um dinossauro e, naquele momento, você escuta a música que escutamos a primeira vez que nós vimos um dinossauro, então isso faz sentido," ele diz. "Do mesmo modo, nós colocamos a música quando vemos os últimos momentos da ilha em tela, é como o fim de um sonho, então faz sentido tocá-la de uma forma mais diferente, mais triste. Mas precisamos tomar cuidado para não cair na armadilha da nostalgia," completou.

Jurassic World: Reino Ameaçado já está disponível nos cinemas brasileiros.

Texto adaptado de iO9.

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